sexta-feira, 8 de junho de 2012

Fabricantes preveem evolução no mercado de smart TVs

O mercado de smart TVs deve ganhar um impulso em 2012, apontaram alguns dos principais fabricantes de equipamentos no último dia do Congresso TV 2.0, nesta sexta, 16. Segundo Marcelo Varon, gerente de network business - TV product marketing da Sony, em 2011, 20% dos televisores vendidos eram conectados. A previsão é que 500 milhões de aparelhos conectados (incluindo smart TVs, blu-ray players e consoles de games) sejam vendidos globalmente até 2015. “Só no Brasil, a base deve ser de 15 a 20 milhões”, disse. No caso da Sony, 85% das TVs e todos os blu-ray players vendidos no ano passado são conectados.


A participação de aparelhos conectados nas vendas globais de TVs, apontou Varon, deve saltar de 20% em 2010, para 54% em 2015. Para a América Latina, o salto é ainda maior: de 1% em 2010, para 39% em 2015.

Segundo Rafael Cintra, gerente sênior de produtos TV da Samsung, 2012 deve representar o maior crescimento da categoria de produtos até agora. Em números absolutos, apontou o executivo, o salto deve ser de 2,05 milhões de smart TVs distribuídas em 2011 para 3,73 milhões em 2012.

Plataformas

Para Cintra, o aumento da penetração da banda larga é um importante motor para a evolução das plataformas de TV. A expectativa é que 30 milhões de lares estejam conectados em 2013. “A qualidade da banda larga ainda é um problema. Atualmente, apenas três milhões de lares têm uma boa conexão de banda larga”, lembra.

Milton Neto, gerente geral de conteúdo da LG, concorda que a banda larga é um dos principais fatores que determinam o volume de acesso às plataformas de smart TVs. Além deste, enumera a criação de hábito de consumo de conteúdo na modalidade “catch up TV” e o hábito de alugar ou comprar conteúdo premium. “Há um esforço para educar o consumidor sobre a plataforma”, diz.

Segundo o executivo da LG, é preciso disponibilizar diferentes perfis de conteúdos, pois eles ajudam a atrair variados perfis de usuários. Como exemplo, diz que alguém pode começar a usar a plataforma apenas porque gostou do jogo de paciência. “Isso quebra a barreira de entrada na tecnologia”, explica

A LG conta hoje com mais de 500 aplicativos, criados por mais dez desenvolvedores em sua plataforma. Milton destaca que há uma área apenas de conteúdos Premium em vídeo e outra dedicada aos apps, para variados perfis de consumidores.

Cintra, da Samsung, diz que, globalmente, a Samsung conta com aproximadamente mil aplicativos. Os usuários da plataforma da fabricante já realizaram mais de 10 milhões de downloads em todo o mundo. No segundo trimestre, a fabricante contará com aplicativo para exibir o conteúdo da TV Corinthians.

No caso da Sony, a contabilização é diferente. Isto porque a fabricante não tem uma plataforma de aplicativos de games e utilitários. Suas TVs conectadas carregam apenas aplicativos de vídeo. Segundo Varon, já há mais de quarenta canais de vídeo on demand na plataforma.

Interface

Para Milton Neto, a usabilidade do produto e a interface com o usuário também são fundamentais para determinar o sucesso das smart TVs. No caso da LG, os equipamentos usam um controle remoto com sensor de movimento, sendo de fácil aprendizado a pessoas habituadas com um mouse.

Já Samsung deve disponibilizar nas lojas em maio uma evolução da sua plataforma. Os televisores contarão com comando de voz, sensor de movimentos corporais e capacidade de reconhecimento facial. A tecnologia estará disponível nos modelos top de linha, custando entre R$ 7 mil e R$ 9 mil.
Fonte:Teletime

Novos players de Blu-ray da Samsung podem fazer cópias de DVDs

Novo sistema da empresa sul-coreana permite a criação de cópias digitais a partir de discos originais.
Uma novidade bem interessante foi divulgada há pouco pela Samsung. Durante esta semana, as lojas dos Estados Unidos vão receber os novos modelos de players de discos Blu-ray da empresa sul-coreana, que contam com alguns recursos inéditos para os consumidores. Pela primeira vez, será possível utilizar os aparelhos para realizar cópias digitais dos DVDs colocados neles.

Tudo fica gravado em um circuito interno que possui homologação das associações de estúdios de Hollywood e conta com o sistema antipirataria UV (UltraViolet). Somente discos originais podem ser utilizados no processo, que culmina na criação de cópias digitais de filmes que podem ser enviados para outros aparelhos da Samsung – como smartphones, notebooks, tablets e televisores.

As cópias ficam registradas em contas de usuários criadas na própria rede UltraViolet. Como já dissemos, os novos aparelhos vão chegar ao mercado norte-americano. Segundo a Revista Home Theather, o modelo BD-E6500 (que é o mais potente da nova geração) deve ser vendido por preços que se iniciam nos US$ 229 (R$ 419).

Qual será o sucessor do Blu-ray?


Em breve, seus filmes favoritos podem estar em mídias físicas, serviços online ou aparelhos potentes.

Calma, você ainda não precisa trocar de console ou reprodutor de vídeo. Apesar de ainda não ser extremamente popular no Brasil, por esbarrar no preço e na situação de barateamento dos DVDs (incluindo aí a questão dos discos piratas), o Blu-ray é a mídia dominante no mercado mundial de games e filmes.

E faz sentido: ela tem maior capacidade de armazenamento (os discos de camada dupla contam com 50 GB), possibilidade de reproduzir vídeo e áudio em alta definição (o famoso 1080p) e também efeitos em 3D.

É verdade que o formato atual ainda é dominante e não está totalmente defasado, mas a tecnologia não para – e tendo resoluções cada vez melhores e conteúdos que precisam ser divididos em vários discos, já é chegada a hora de começar a pensar em quem vai ocupar o trono depois do Blu-ray. Mas quem será que está nesse páreo?

Mais rápido que um raio azul

Tem que gente que não larga mão de ter uma coleção de DVDs ou Blu-rays e vê vantagem em assistir a um filme em disco – e alguns testes ainda afirmam que as mídias físicas, graças à capacidade na hora de armazenar conteúdo, ainda contam com uma imagem superior ao formato digital.

Ainda não temos um sucessor concreto na indústria, mas alguns métodos de fabricação já são capazes de produzir mídias mais potentes que o Blu-ray. A General Electric, por exemplo, anunciou a criação de um disco holográfico de 500 GB que impressiona, mas ainda não tem muitas praticidade, já que leva tempo para receber a impressão de dados e não é muito indicado para filmes, que não ocupam tanto espaço assim.

O BDXL, com 100 GB, ainda sofre com a falta de compatibilidade com alguns aparelhos. Situação parecida vive a mídia da TDK, que apresentou um monstro na área de discos ópticos em 2010: uma mídia com nada menos que 1 TB para armazenar conteúdo. O segredo está nas 32 camadas que recebem dados.

Como os reprodutores atuais não suportam esse formato, que tem o dobro da espessura da mídia atual, a empresa ainda depende de parcerias com fabricantes (e desenvolvedoras de filmes e jogos) para se firmar – e isso deve levar alguns bons anos.

Mas não é bom apostar tanto assim em discos do futuro que ainda mal saíram do papel – vale lembrar que o próprio Blu-ray venceu concorrentes que prometiam desbancar a mídia, como o HD DVD e o chinês CH-DVD, que foram superados por uma série de fatores, como o custo de produção, ou apenas não receberam a adoção do mercado.

Nem precisa sair de casa

De repente, bate aquela vontade de assistir a algum filme, mas a programação na TV não ajuda e você está com preguiça até de se levantar do sofá. Para essas horas, o serviço de video on demand é de longe a opção mais recomendável. Seja a partir de filmes que vão até você (como as entregas do NetMovies) ou pelo streaming (Netflix, UltraViolet, Sky Online, Submarino On Demand e muitos outros), esse estilo ganhou fama recentemente – e pode estar prestes a ultrapassar as mídias físicas.

Parece estranho, mas um serviço digital pode ser solução melhor que uma mídia mais poderosa. Na comparação entre os estilos, são várias as vantagens: mensalidade que pode valer a pena se você utilizar o serviço quase diariamente, biblioteca 24 horas com um catálogo no mínimo decente e nenhum prazo para renovar ou devolver algum produto.


Como o streaming exige uma conexão com a internet para funcionar (e uma boa rede para transmitir em
HD), muita gente ainda pode ficar refém apenas do computador para ter acesso aos conteúdos, mas os pontos favoráveis ainda tornam esse um serviço à altura de suceder o Blu-ray.

A questão está no aparelho

Algumas empresas pensam diferente dos exemplos acima: em vez de melhorar o disco ou o serviço de transmissão da imagem, por que não melhorar os eletrônicos reprodutores do Blu-ray? Essa saída é mais barata do que criar uma mídia totalmente nova ou desenvolver um serviço de transmissão do zero.

A Toshiba, por exemplo, exibiu no ano passado uma linha que inclui até 5 TB de espaço para armazenar e gravar conteúdos, o que pode aliviar a quantidade de discos em sua casa. A Sony não ficou atrás e mostrou um player capaz de converter qualquer vídeo de alta definição para a resolução 4K – o futuro da reprodução de vídeos, mas que precisaria de dezenas de Blu-rays para gravar apenas um filme.

Até as telas também podem servir de grande ajuda: apesar de demorar para entrar no mercado, algumas tecnologias já são capazes de usar displays curvos para aproveitar melhor o 3D, uma das possibilidades de reprodução das mídias atuais. Com isso, você não só gasta menos, mas também garante alguns anos de sobrevida para esses discos.

Só para fanáticos

Os HDs externos são mais utilizados como unidades de armazenamento para backups, mas nada impede que a indústria se aproveite do formato e invista em discos rígidos portáteis, porém potentes. Ele não seria uma substituição total para o Blu-ray, já que seu custo-benefício ainda não supera o dos discos atuais, mas uma grande opção para colecionadores, por exemplo.

Já pensou como seria ter sua série favorita em apenas um disco, em vez de em um box inteiro? Edições de colecionador gravadas em uma qualidade de vídeo superior poderiam ser vendidas por um preço mais alto tranquilamente, ao menos de forma limitada.

Mesmo que o formato digital pareça a evolução natural do Blu-ray, o mercado sempre pode surpreender e aumentar o reinado das mídias físicas. Opções não faltam, mas ainda não chegou a hora saber qual será a escolhida – e se ela será mesmo a mais viável para todos os consumidores.